Quando o iniciante entra na Bolsa

A cada dia cresce o número de pessoas que tiram suas reservas financeiras de aplicações conservadoras para aplicá-las na bolsa. É importante que elas saibam o que estão fazendo antes de começar. Muitos entram na bolsa sem o menor conhecimento e acabam sofrendo perdas que poderiam ter sido evitadas.

O que acontece com o investidor iniciante quando ele compra no momento errado? As ações caem, ele se desespera e vende realizando o prejuízo. Sem saber ele compra no topo e vende no fundo. Ele se desespera porque não sabe o que está fazendo e não tem um plano pré-definido caso as coisas não aconteçam como ele deseja. Ele não conhece as ferramentas que existem para auxiliá-lo na tomada de decisão, então ele compra a qualquer hora sem o menor embasamento.

O cara que entra no momento errado acaba ficando traumatizado e não retorna mais para a bolsa. Ou continua cometendo o mesmo erro e perde mais dinheiro. Ainda por cima espalha para quantas pessoas ele puder como foi desastrosa sua tentativa de ganhar dinheiro na bolsa e como é arriscado. O estrago é muito maior do que a perda financeira que ele teve. Quem nunca ouviu uma história do cara que perdeu isso e aquilo investindo na bolsa de valores? Esse tipo de investidor que não possui conhecimento acaba se tornando um apostador.

Existem maneiras de se minimizar os riscos e entrar no mercado em um momento que possa ser favorável. Calma, nós vamos chegar lá.

Do jeito que o Ibovespa anda batendo recordes um atrás do outro, pode até ser que o cara tenha sorte e consiga lucrar nos primeiros trades (primeiras operações), mas vai chegar uma hora que ele vai começar a perder dinheiro. Outro grande problema do investidor iniciante é que ele não pensa em manter uma ação por 5 ou 10 anos, 20 anos nem pensar. Se ele está com tanta pressa assim de ficar rico vai acabar se precipitando e fazendo besteira. Não estou dizendo com isso que você deve comprar ações de uma empresa e simplesmente esquecer que as possui e não acompanhar mais nada. É claro que você deve estar preparado para pular fora assim que as coisas não acontecerem como planejado, mas sem precipitações.

Uma empresa como a Petrobras, por exemplo, não chegou a um valor de mercado de R$ 393 Bilhões do dia para a noite, da mesma forma acontece com as ações dessa empresa ou de qualquer empresa que seja. É um processo lento, mas recompensador. Como diria Warren Buffett, enquanto que a maioria dos investidores busca um lucro anual de 100% ele sempre buscou 20%, não é preciso mais do que isso para ganhar muito dinheiro. E a maioria dos caras que buscam os 100% ao ano, acabam transferindo dinheiro para as mãos dos mais pacientes.

Existem ainda as pessoas que gostariam de investir em ações, mas tem medo de perder todo o dinheiro investido. É possível perder tudo? É quase impossível! Mas se o cara não sabe o que está fazendo, compra e vende o tempo todo, e tem prejuízo sempre, vai chegar uma hora que ele não vai ter mais nada. O propósito de se comprar uma ação é ser dono de uma parcela da empresa, ganhar com a valorização das ações e com os dividendos distribuídos de tempos em tempos. Você não precisa comprar e vender ações todo o mês.

Mais uma frase de Warren Buffet pertinente ao assunto: “Se você não se sente confortável sendo dono de uma empresa por 10 anos, não seja nem por 10 minutos”.

Outra forma de perder tudo seria se a empresa fosse à falência, ou uma catástrofe maior como um crash da bolsa. Se você acredita que a bolsa de valores pode quebrar, ou que uma empresa como a Petrobras, por exemplo, pode falir de uma hora para outra, pode parar de ler por aqui.

Número de pequenos investidores na bolsa é cada vez maior

O Home Broker, sistema de negociação que permite a colocação de ordens de compra e venda pela internet, registrou seis novos recordes durante o mês de fevereiro (2008) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Segundo dados da própria Bovespa, o volume total negociado pelos pequenos investidores pela internet atingiu R$ 24,77 bilhões no mês de fevereiro. A média diária de volume financeiro ficou em R$ 1,3 bilhão. O valor médio por negócio foi de R$ 10,46 mil. A participação dos pequenos investidores no volume financeiro da Bolsa representou 11,53% do total. Já as transações realizadas por meio do Home Broker representaram 31,15% do total.

O número de pessoas físicas também segue em ascensão. Ao final de fevereiro, a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) contabilizava 469.791 contas de investidores pessoa física, ante 466.830 em janeiro.

No próximo post: Quando comprar ? Ferramentas que auxiliam na tomada de decisão.