domingo, 17 de agosto de 2008

Análise Técnica x Análise Fundamentalista

Quem nunca ouviu um analista fundamentalista criticando a análise técnica, ou o contrário? Sob o argumento de que a análise técnica é válida apenas para o curto prazo, os fundamentalistas criticam os técnicos, e na contramão, os analistas técnicos afirmam que a análise fundamental não possui timing.

Entretanto, existem analistas (eu me incluo) que são a favor da combinação das duas análises, e acreditam que as duas se completam. Enquanto a análise fundamentalista permite ao investidor saber quais empresas estão crescendo, gerando valor, possuem boa administração e boas perspectivas de retorno de investimentos, a análise técnica fornece ao investidor os indicativos para o momento certo de comprar, vender ou manter a ação.

Para utilizar as duas análises, é preciso conhecer um pouco sobre as duas. De forma resumida, a análise fundamentalista utiliza dados como lucros, receitas, despesas e outras contas dos demonstrativos das empresas para criar indicadores e fazerem projeções. Baseadas na comparação de indicadores e nas projeções obtidas, são feitas as recomendações.

Além destes dados, os fundamentalistas também costumam incorporar em suas projeções perspectivas para o cenário econômico, expectativas de fusões ou aquisições e projeções também para preços de insumos, demanda e etc.

Já a análise técnica é baseada no estudo do comportamento do mercado, principalmente através de gráficos e indicadores que permitem ao investidor identificar tendências de mercado. Os gráficos são baseados na oscilação dos preços e permitem a visualização dos movimentos do mercado, de forma que o analista tem a possibilidade de saber para onde podem ir os preços.

A diferença básica entre a análise fundamentalista e a análise técnica é evidenciada no objeto de observação das duas análises. Enquanto a análise fundamentalista estuda a causa dos movimentos do mercado, a análise técnica preocupa-se unicamente com os efeitos que causam alterações na oferta e demanda dos ativos.

No momento de montar sua carteira de ações, experimente combinar as duas análises. O primeiro passo é, através da análise fundamentalista, selecionar as ações cujas empresas são consideradas atrativas, ou seja, vem crescendo ao longo do tempo, e não apresentam riscos financeiros significativos.

Ativos com bons fundamentos, permitem que você não passe horas acompanhando o mercado e fique sujeito à volatilidade do papel.

Ao mesmo tempo, ao utilizar a análise técnica, você poderá ter a percepção do rumo dos preços do seu ativo, determinar preço alvo e preço de stop de acordo com seu perfil e com o que os gráficos dizem, minimizando suas perdas e evitando deixar passar os momentos que o preço das ações pode apresentar grandes oscilações e que os gráficos permitem visualizar (isso lhe parece familiar ?).

Este artigo foi escrito pelo amigo Christian, do site CHR Investor.

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